Abismo negro

No abismo negro, em queda livre vou,

Estrelas distantes, zombam do meu pranto.

A saudade, um fantasma que me persegue,

Sufoca o peito, me afoga em desalento.

Lembro-me do brilho em teus olhos,

Das tuas risadas que dançavam entre montanhas.

Agora, só o silêncio e a noite em duelo,

E a dor me invade, sem clemência, incessante.

A lua, indiferente, vê meu desatino,

Enquanto me precipito em um mar de lembranças.

O tempo, carrasco implacável, avança,

E eu, em um naufrágio, errante, sem esperança.

Samu Franco
Enviado por Samu Franco em 23/08/2024
Reeditado em 23/08/2024
Código do texto: T8135178
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