Abismo negro
No abismo negro, em queda livre vou,
Estrelas distantes, zombam do meu pranto.
A saudade, um fantasma que me persegue,
Sufoca o peito, me afoga em desalento.
Lembro-me do brilho em teus olhos,
Das tuas risadas que dançavam entre montanhas.
Agora, só o silêncio e a noite em duelo,
E a dor me invade, sem clemência, incessante.
A lua, indiferente, vê meu desatino,
Enquanto me precipito em um mar de lembranças.
O tempo, carrasco implacável, avança,
E eu, em um naufrágio, errante, sem esperança.