Mar de Esperas
No vasto oceano do tempo, naveguei,
Dois anos perdidos em ondas de ilusão,
Cada palavra sua, um farol que avistei,
Promessa de terra firme, miragem de paixão.
Seu sorriso, estrela-guia no céu sem fim,
Olhos de tempestade, brilho encantador,
Fui marinheiro, perdido em sonho sem fim,
Buscando no horizonte seu amor sedutor.
Veio a conversa, brisa suave em noite calma,
Esperança renasceu, como maré crescente,
Mas logo o silêncio invadiu minha alma,
Deixando-me à deriva, solitário e carente.
Esperança, âncora lançada no vazio,
Seu nome, eco nas profundezas do meu ser,
Fui náufrago de um amor tardio,
Nadando em correntes de um querer.
Você, ilha distante, jamais alcançada,
Promessa que o mar insiste em esconder,
E eu, navegante em jornada desesperada,
Afogo-me em sonhos, sem nunca te ter.
No mar de esperas, minha alma se perde,
Velejando entre ondas de saudade e dor,
Seu nome, marca d'água, nunca se esquece,
Navego eternamente, buscando seu amor.