Vampiro
na madrugada
de um doze de julho
seus olhos
penetrantes
penetraram nos meus
eu tentei, tentei mesmo
desviar
era tarde demais
e nesse breve espaço de tempo
tivemos um mundo
infinito
cheio de infinitas histórias
alucinações, memórias
usávamos o mundo
e éramos usados
um pelo outro
até, que, você
conseguiu
cravou suas garras em mim
envenenou o meu sangue
sorriu
e foi embora
contaminou tudo que eu tinha
me deixou apenas
com as lembranças diárias
do que parecia ter sido bom
foram meses de tortura
pobre de mim
que confundiu com amor
você disse coisas
que eu não consigo esquecer
e olha que eu tô tentando
eu dei todo esse poder
como um vampiro
de araque
você me paralisou
não querendo admitir
mas já admitindo
lembrar de você
escrever sobre você
ainda me paralisa