O Licor Partilhado no Desenlace

A subjetividade é essa ponte

Entre o Atlas enrijecido

E um jardim de naturezas mortas

Empregadas por seus paladares

Ela trouxe consigo uma orla de lamentos

E me ordenou de imediato:

Espalhe poesias ao redor da cama como se fossem

Termômetros ou eu corrompo seus totens injustificáveis

Sem testemunha, essa Roma

Naufraga sob a espuma púrpura

E o gosto de ferro convencido em vivenciar

Os caminhos que vênus contrariaria

Regará os dias longos com peróxido e petróleo

Antes que deitem de joelhos sob teu peito

E rezem dentro da sua boca uma oração

Incapaz de discernir se é fruto de resgate ou lástima

Meu bem, eu recuso essa armadura

Pele em flúor que você me incrimina

Admitirá soberba corporizada

Ao horror de pertencer a uma máscara despida

Flertaria com o locatório

Alguns pares de cabeças de peixes

E me divertiria com ele tentando

Vender seu sonho de domesticar hidras

Beba dessa língua, reconheça

O exorcismo dos nomes que faço

Cada vez que danço com carcaças

Nos portões de uma funilaria

A cada novo coice, é enviada

Em regresso a encruzilhada

Onde as ficções morrem

E tudo passa a ser literal