Na paisagem do olhar

Se eu pudesse desver o que vi

E dissentir tudo o que eu senti

Talvez recobrasse a plenitude

De não ser vulnerável ao mal

Que causaste dentro de mim

Como um sentimento pode ser

Forjado no rancor da vingança

Ao ponto de provocar tremores

No lago mais calmo da lembrança?

Como um olhar guiado, a espreitar

Alguém que tentava se distrair

De tantas feridas abertas em si,

Apenas com interesse de machucar?

Ter olhos grandes nunca me livrou

De tê-los sempre como presa fácil

Da maldade que rasteja sobre a terra

Sabendo eu ser um alvo frágil

Uma menina, que foi deixada sozinha

Enquanto seus cuidadores se divertiam

E ninguém acalmou o seu choro

Que na vida levava todos os dias

E o olhar, que observa de longe, para matar

O restante da alegria, que nela se escondia

No pouco brilho que teimava em guardar.

Stephany Eloy
Enviado por Stephany Eloy em 01/08/2024
Reeditado em 01/08/2024
Código do texto: T8119770
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.