Não-amor
Eu vi que você postou uma canção,
uma confissão de amor destinada a outro coração.
Não para mim. Nunca para mim.
Naquele instante, a verdade se revelou:
o amor é uma incerteza,
mas o não-amor é implacável,
certo em sua frieza, sem erro.
E aqui estou, convicto, sem seu amor.
Essa canção dedicada a outra pessoa
foi como uma lâmina cortante,
desnudando a realidade de um amor não correspondido.
Me vi oferecendo todo o meu ser,
entregando o meu coração a alguém
que jamais o pediu, que jamais o quis.
Às vezes, quero acreditar nos traços distintos do destino,
mas eles apenas se cruzaram para me iludir.
E o que restou foi um turbilhão de emoções,
uma tempestade que rasga meu coração.
O destino me deixou apenas dúvidas:
de viver, de amar, de ser.
Eu fui rejeitada,
abandonada nas sombras da incerteza.
Estou aqui, perdida,
procurando palavras para expressar essa dor profunda,
essa sensação de vazio e perda.
Imagine entregar um amor puro, sincero e intenso
a alguém, e esse alguém...
bem, você já sabe o resto.
Rejeitada, com o coração em pedaços,
a alma dilacerada,
lutando para recolher os estilhaços
de uma paixão que nunca será.
E como culpar alguém que
nem se quer pediu o meu amor.