Dilema...
E assim, tu vais morrendo
Se consumindo entre meus ais
Pois a angustia assim permite
Esse amor tão sofrido em mim.
E minh'alma, enfim, padece.
Tão presa entre minhas entranhas
Se por ti ainda chora e lamenta,
Quando de encanto, perdeu-se em grande dor.
E na desilusão desse amor fadado
Que num sussurro ainda respira em vão
Quando ainda me perco entre as orgias
E me amordaço no calor de tuas mãos
E nessa sofreguidão de desejos louco.
Visto tua alma em meu ser,
E vislumbro o teu semblante, o meu dilema
Onde estremeço sem pudor.
E em tuas mãos eu vivo e danço.
Com a ilusão de quem vive e sonha
Quando na ânsia me deixo devorar,
Degradada em tuas mãos!