A Casa dos Heróis
Se você fosse minha companhia
Admito que reivindicaria bandeiras
Mergulharia na instrumentalização
De um elixir incendiário, as custas de cal e lágrimas
Concedo endurecimento a pele todas as vezes
Que insistira em me percorrer
Desperdiço sujeitos quando dedico
Minhas mentiras pela catedral
E você gradativamente me encontra
Cada vez mais dissolvido em culpa
Ou recolhendo as flores do fracasso
Barganhando pelas ruas delírio e violência
Eu te amo enquanto engulo outras moedas
Eu odeio desembrulhar preces com a língua
Meus clamores não são asas de cera
Sempre batem na parede e morrem
Cascos e Flóridas de porcelanas
Um apelo aos homens de bem
Me levem ao encontro de Dante
Pois preciso coagir seu turismo
Ninguém repete meu nome
Sempre o troco no começo da noite
Ninguém para esperar, ninguém para atar-me
Ninguém para prever minhas transgressões
Medusa em forma de água ardente
Alguns dedos de uma substância imersa
Em eterno litígio com casas de espelhos
Desfragmenta um laranja adoecido
Assistir essa hostilidade translúcida
Domar elegias, rimas e baratas
Desfiar olhares vis de inveja para fora dos altares
E fazer de mim o sopro de um hedonismo devolvido