MIL FRAGMENTOS DE LEMBRANÇAS
Há um tempo,
um tempo imenso e distante,
desde o instante em que tudo mudou.
Se a dor te tocou,
ela também me atravessou,
como um punhal de memórias.
Sei, sei que não estamos bem,
o amor, ah, o amor,
como dói, como machuca!
Não importa o que digam,
o amor é uma ferida aberta,
uma chama que arde e consome.
Sonhos despedaçados,
mil fragmentos de lembranças
espalhados pelo chão do tempo,
incapazes de se unir,
sem forma, sem valor.
Um amor ferido,
um coração em estilhaços,
não se cura sozinho,
a menos que um novo amor
sincero e maduro
o acolha, o repare.
Tempo demais,
tempo de sobra para pensar,
para sentir a ausência,
para perceber que o passado,
por mais saudade que traga,
não pode ser revivido.
O que foi,
não volta,
não se reinventa,
não deveria ter sido inventado.