Dizia que a faria feliz

Sorria, abria os braços e dizia que a faria feliz

Tomava cuidado com as palavras, era presente marcante

Em tudo e em toda hora estava, em qualquer necessidade

Nem precisava chamar muito, para vê-lo não tinha dificuldade

Solícito, atento e bem cuidadoso, era assim que todos diziam

Tornou-se imprescindível, era bom moço

Alegrava-se com facilidade, entendia com capricho os desatinos dela

Mas o tempo mostra tudo e o que não é de verdade não se sustenta

Ainda que se esforce, que muito queira, não haverá continuidade

Os meses revelaram toda presença como plano de dominação

Era na verdade uma incumbência da sua preguiça

Para usufruir de tudo o que ela tinha, tudo o que apresentava era ilusão.