DESCRENÇA

 

Perdi a esperança

Que eu tanto ansiava,

Que me alentava

No padecer.

 

E sinto tédio

De quanto eu vejo,

Quero, desejo,

Devo morrer.

 

A mão gelada

Dos desenganos,

Na flôr dos anos

Me envelheceu.

 

E um véo pesado

De sombras frias,

Sobre meus dias

Desenvolveu.

 

Adeus lembranças

Dos tempos idos,

Sonhos queridos,

Que eu tanto amei.

 

 

Poema escrito por meu avô materno, Antônio Pereira de Camargo, no século passado.

Eu o transcrevo aqui, usando a mesma grafia do original.

 

 

 

Aloysia
Enviado por Aloysia em 05/07/2024
Reeditado em 08/07/2024
Código do texto: T8100642
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