O tempo em nós cegos

No silêncio do meu peito, teu nome ecoa,

Uma melodia triste, doce e serena,

Cada lembrança tua é uma lágrima que ressoa,

Num coração que te ama, mas que de dor se acorrenta.

Teu olhar distante, estrela inalcançável,

Brilha no firmamento, mas não me vê,

E cada sorriso teu, para mim inatingível,

É um raio de sol que nunca vou ter.

Teus passos seguem caminhos que não posso trilhar,

E cada gesto teu é um sonho desfeito,

No vasto deserto da saudade, vou a vagar,

Com o peso de um amor que carrego no peito.

Em silêncio, te observo, meu amor oculto,

Como a lua que brilha para o mar distante,

E cada suspiro meu é um grito surdo,

De um sentimento que é tão grande quanto constante.

Te amo com a profundidade do oceano,

Com a intensidade do céu estrelado,

Mas este amor, que é meu castelo e meu engano,

Resta em segredo, perdido e calado.