NADA
A chama deixou apagar Para vir a escuridão Que o fez minguar Como mendigo como cão
E tudo que podia ser Na rua na estrada Não sentiu acontecer Nada não foi nada
Com a sua alma sentida Que viu a flor do sofrer Pela sarjeta da vida Do puro enlouquecer
Com a sina perdida No seu íntimo perecer Numa nuvem descolorida Do céu do entristecer