"PENUMBRA"...
E assim...
Aquelas luzes se apagaram,
E nas sobras que ficaram,
Trouxe consigo as tristezas.
Copos espalhados...
Garrafas vazias e tombadas,
Marcavam o fim da balada,
Em tais provas sobre a mesa!
Assim então...
Finda-se e cessa toda farra,
Burburinhos e algazarras,
Cederam seu lugar a solidão.
Copos vazios...
Tombados sobre o tal tecido,
Mostra manto embebecido,
Provas de tal depravação!
Finda-se a noite...
Tudo se revela ao clarear o dia,
E o burburinho da histeria,
Dá lugar a silencio sepulcral.
Cala-se a voz...
Dos que gritavam alvoroçados,
Ver-se os tagarelas ali calados,
Sóbrios e restringidos afinal!
Apagam-se...
As luzes que a rua clareava,
Vão-se dali os que se agitavam,
Evadindo-se de tal localidade.
Cresce o movimento...
Pedestres enchem as avenidas,
Cada um volta as suas vidas,
Passam a enfrentar a realidade!
Assim alguém...
Num recanto do grande salão,
Tomba embebecido pelo chão,
O que declara sua incoerência.
Na promiscuidade...
Seu vestido sujo e mancado,
E que apouco havia sido elogiado,
Revela a própria decadência!
Olhos se movem...
Pairando ao fitar em tal figura,
Comentam algo enfim da criatura,
Que ainda mostra embriaguez.
Entristecida...
Olhar de lágrimas embebecido,
A rezingar o tempo ali perdido,
E que o levou a tal insensatez!
Assim é...
As orgias que o mundo oferece,
Falsas alegrias enfim fenecem,
Trazendo-nos a dura realidade.
Sinceramente...
Dessa forma o mundo nos enreda,
Prende a todo que a ele se apega,
E o faz sorver sua crueldade!
Cbpoesias.
20/06/2024.