Quebrar o céu

Sua tão limitada atenção é dedicada

Ao teto de vidro acima de você

Cultuado como seu fosse seu céu

Seu paraíso, sua amostra do valhalla

Com desenhos coloridos

Representando falsos profetas

E fornecedores de felicidade e prazer

Você dança durante dura e dormente

Ilusão invisível de músicas de musas

Ignorando iminente invasão

Do clamar claro e carente

De entes estimados como eminentes

Você os relega a relva

Onde residem restos

Provenientes de pregresso

Percusso, nunca mais a ser

Percorrido novamente

Lágrima salgada

De mulher amada

Me atingiu como uma adaga

Motivou-me a pegar pedra afiada

Filha de realidade ignorada

Joguei em direção à envidraçada

Esplanada, cheia de graça

Para acabar com seu embriagar

Similar à vinho entornado em taça

Ao término do seu sonho

Você foi acometido pelo que é

Enfadonho, pesadelo do colono

Estilhaços caíram, cair de balaços

Satisfação de maços, deram lugar

Ao cortar pelos cacos

Uma interrupção de seus tragos

Para olhar ao redor e ver

Sua constante negligência e omissão

Convertida em caos

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 11/06/2024
Código do texto: T8083758
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