SOU ASSIM?

A luz está acesa.

Tem uma ira no azul do céu.

Vou parar próximo de sua casa.

O fogo arde-me as entranhas.

A imensa voz faz labirinto no lugar onde passo.

A importância que dou a tudo quanto quero,

É um tanto maluca como eu mesmo!

Não há equilíbrio:

O homem está ébrio.

Eu mais ainda!

Estou bêbado de tanto calor desumano.

Não conheço a disputa de nada.

Os concursos eliminam-me,

Antes mesmo de minha inscrição.

Não sou um cidadão,

Sou apenas réplica

De seu olhar em tempos passantes

Sou a alegria deixada de viver

Sou o mais puro sofrer

A esperança morta bem antes.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 08/06/2024
Código do texto: T8081020
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