Sem Fim
Arte minha, minha memória
memória minha
lembro e revejo e sinto
arte plena
plena e tênue
minha arte colossal
floral
preferida entre tantos.
Mãos trêmulas
escrevem o poema
e espalha por entre as
sonatas e esperanças.
Coração chora
alma implora
sorri e vá embora
agora
embora
na plenitude serena
de minha memória.
Tenho o vazio da fé
fé
amanhã serei alguém
alguém letárgico
lívido
em silêncio
pela madrugada sem fim.
Para mim
sem fim
apenas sem fim.