Relato de alguma noite qualquer
Eu escrevo torto em linhas retas
Minhas curvas no espelho são retas
Meu caminho é de curvas fechadas
E eu queria mesmo é estar aberta
Pra novas pegadas, novas baladas
Mas as ruas da minha vida são desertas
E as madrugadas vazias de esperança
Só queria ter quem acordar
Para andar comigo sem rumo
Sem ter hora ou obrigação de voltar
Porque não quero voltar
Em casa não é meu lugar
Minha casa não é meu lar
Não tenho abrigo, é como vagar
Minha alma é livre e rebelde
é minha estranha energia
fraca e carente
ansiosa por brilho
Não traço caminhos diretos
Meus feitos decerto são poucos
Mas são meus meus certos desafetos
De conquistas não muitas...
apenas sobrevivência
Despedidas desconheço quem sabe
seja difícil crer no "pra sempre"
Não quero muito, apenas tudo que quero...
Não preciso de trabalho, prova ou exame
...Eu já tô passada