GRILHÕES PESADOS
Duas são as lições amargas
Que me ensinou o mestre mundo:
Os pecados têm portas largas
Mas as virtudes - pobres delas!
Têm seu caminho vil e imundo.
Na vida correm, paralelas,
A astúcia e a velhacaria.
Por palácios e por favelas,
Onde quer que o homem esteja,
Sempre vence a hipocrisia.
O amor ninguém mais festeja,
Por antiquado e tão caipora.
É como a negra noite andeja
Que salpicando o céu de estrelas
Sempre foge ao romper da aurora.
Verdades? Por que revivê-las,
Se tudo um dia chega ao fim?
Não mais no corpo a alma cativa,
Rompam-se os grilhões, tudo enfim,
Mas também não mais se viva!
Porto Velho, 07 de janeiro de 2008.
Que Haja LUZ e Que Haja ÉTICA.