- Meu Amor Platônico!

Teu vulto, amor, nos sonhos habitei,

Sem nunca te revelar a chama intensa,

Desejo que em segredo acalentei,

Na esperança, à sombra, a dor imensa.

Tão perto e ao mesmo tempo, sempre distante

Meu coração, à margem, se queimava,

Um fogo que, sem toque, era terrível,

Nos braços do anseio se lançava.

Sem que soubesses, fui a tempestade,

Que em silêncio, devastou-me o peito,

Meu amor, um lamento na saudade.

Hoje, em cinzas, resta o sentimento,

Que um dia, sem saber, foi teu, desfeito,

No apagar das brasas, foste meu tormento.

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LAURO PAIXÃO
Enviado por LAURO PAIXÃO em 16/05/2024
Código do texto: T8064583
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