Entre Sombras e Lágrimas
No labirinto de um amor que sufoca,
Cada passo é uma corda que aperta e sufoca.
Palavras cortantes, um beijo que dói,
Nesse jogo doentio, eu já me perdi uma vez só.
Como uma serpente que enlaça e não solta,
Teus olhos me cobram, tua voz me revolta.
Quero respirar, mas tu prendes meu ar,
Numa relação de domínio, que só faz machucar.
Nessa teia de dor, eu me encontro perdido,
O amor sufocado, pelo fardo proibido.
Entre sombras e lágrimas, busco meu abrigo,
Rompendo os grilhões desse amor desmedido.
Promessas vazias, que não se cumprem jamais,
Numa dança de mentiras, onde o amor não é capaz.
De florescer na terra árida do nosso viver,
Entre cobranças e exigências, não há mais o que fazer.
Cada sorriso que esboço, é uma farsa que se desfaz,
Nesse cárcere emocional, onde o amor se desfaz.
Quero voar livre, mas tu cortas minhas asas,
Num relacionamento abusivo, onde só restam desgraças.
Chegou a hora de partir, de buscar a minha paz,
Deixar para trás esse amor que só me desfaz.
Entre as cinzas do que fomos, renasce a esperança,
De uma vida sem amarras, onde o amor se lança.
Alfredo Felix Neto