Vícios
Paixões, desejos, manias;
Tudo que me controla
Tendência que me esnoba
E torna as noites tão frias
Relegado às ilhas sombrias;
O desprezo me consola
De dor min'alma chora
No relento das ruas vazias
Uma intensa ironia;
Mão estendida me implora
No deleite o corpo goza
Mas a alma em agonia
Como um cão esvaído;
Desalentado e ausente
Espírito nobre, alma carente
No vício insiste caído.
(Gilmar Ramos)