Vícios

Paixões, desejos, manias;

Tudo que me controla

Tendência que me esnoba

E torna as noites tão frias

Relegado às ilhas sombrias;

O desprezo me consola

De dor min'alma chora

No relento das ruas vazias

Uma intensa ironia;

Mão estendida me implora

No deleite o corpo goza

Mas a alma em agonia

Como um cão esvaído;

Desalentado e ausente

Espírito nobre, alma carente

No vício insiste caído.

(Gilmar Ramos)

Gilmar Ramos
Enviado por Gilmar Ramos em 09/05/2024
Código do texto: T8059639
Classificação de conteúdo: seguro