Eco perdido
A cada sol é mais notória
essa quase impressão de que tudo foge.
Realidades heterogêneas
e, por demais, longínquas.
Agarramos nossas próprias diferenças.
No liberto céu dos pássaros
é tão bonito:
O vôo, a vida, a própria liberdade.
No entreaberto céu dos homens
é tão pasmo:
Os ruídos, a fumaça, os próprios pássaros.
E eis que quedo ao horizonte
mas, então, me vejo perdido.