ENFIM
Não seremos mais os mesmos,
As ilusões feneceram;
Seguiremos em cortejos
Fúnebres dos que passaram.
Os poetas sonhadores,
Os poetas torturados,
Cada um com suas dores,
Seus versos exterminados.
Quem quer poesia hoje em dia?
Quem lê Drummond ou Gullar?
Quem é que vai poetar?
Ardor agora não rima,
Amor perdeu a estima,
Só se fala em economia.
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