QUEM, EU?
Eu? Não sou de ferro,
Penso ser de nada.
Sou um todo. Disforme.
De carne dura e mal passada.
Mas não sou de ferro,
Me dobro até o limite. Quebro.
Quantos pedaços espalhados!
Muitos nunca mais os vi.
Sou o todo. Todo desmontado,
Cheio de buracos. Sem sustentação.
Um corpo desarrumado,
Posso não ter um coração.
Tento ser, sem ser.
Não sou! Já fui?
Só um corpo, matéria,
A no mundo perecer.