Poesia morta .
Em minhas mãos, a poesia morta
Em trêmulas falhas escritas
Que fecham janelas e tracam portas
Das catacumbas, lápides e criptas.
Escreve certo em linhas tortas
Nas nuances angustiantes da vida
E inflama na carne como ferida
Como lâmina afiada a alma corta
Na jugular, femural ou aorta
Que nem navalha na carne viva
Meu poema a tristeza ativa
Como lâmina afiada a veia corta
Em minhas mãos a poesia torta
Em trêmulas falhas esctitas
Como lâmina afiada a alma corta
Ferida aberta, exposta em carne viva.