VIDA DILACERADA
Coração magistralmente
Dispensado por atitude
Impensada de alguém que
Não sabe perdoar
Pelo menos um instante.
Vida dilacerada
Tudo antes feito
Parece não valer
Quase nada,
Apenas uma bobeira
Fica eternamente na esteira
De sua linda estrada
E por isso mesmo
A alegria se torna mágoa
Onde a calma
Ofende a alma
E agora tudo é um imenso
Vazio que se enche de nada
E o tudo é sufoco
Por todos os lados...
Tudo antes feito
Parece não ter sentido.
Aquele seu jeito
Quase perfeito
Fora totalmente esquecido
E o perdão não vem
A tristeza é algo que resta
Nesse início de festa
Que nem existiu...
Desconfiança é a desgraça
Falta de esperança
Depositada na praça,
Antes verdejante
Mas agora é árida
E sem nenhuma sutileza,
Causando muita tristeza.
A fumaça continua forte
Os olhos marejando lágrimas
Não há flores no jardim
Apenas a desgraça da desconfiança.
Nada foi feito,
Apenas quase ato suspeito
Que trouxe tamanha dor no peito
E uma vontade de chorar
Vida inteira.
Recolocar os cacos nos
Seus devidos lugares,
Mas as cicatrizes continuam
Falando bem mais alto
Que toda uma história
De grande amor e dedicação.
Tudo isso é muito doído
Tudo isso é muito doido
Mas na loucura de amor
Por toda sua vida,
O desespero toma conta de si
A ponto de querer o suicídio.
Araguari – MG, 2011.
Aires José Pereira é professor do curso de Geografia e do Programa de Mestrado em Gestão e Tecnologia Ambiental da UFR. É coautor do Hino Oficial de Rondonópolis, membro efetivo da Academia de Letras de Araguaína e Norte Tocantinense, membro efetivo da Academia Rononopolitana de Letras e possui vários livros e artigos publicados.