O QUE NÃO VEM

Ainda penso que penso.

Ainda sonho que sonho.

Mesmo sem luz,

Sem documento,

Busco a maravilha naquilo que proponho.

O sonho está muito demorado

Busquei tanto,

Busquei tanto,

Estou ficando meio desesperado

E por isso já derramei muito pranto.

A dor é de ranger os dentes

O corpo está doído por inteiro

É um descontentar descontente

Que pensei fosse passageiro.

Mas já passa de muitos meses

E a ansiedade é forte demais

Estou esperando o que não vem

E tudo isso me tira a paz!

Palmas - TO, 2004.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 06/02/2024
Código do texto: T7993643
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