Nuvens de fogo
Nuvens de tormenta não esperam
num toque do tempo gotas caem
Sobre meu rosto as flechas de gelo
Sob meu peito a fornalha de magma.
Fumaça se forma no silêncio
na inquietude do viver me lanço
no precipício aberto pelo seu canto
sem perceber maculo meu véu branco.
No inexistente querer percebo
vontade nunca esquecida por mim.
Utilizo da espada de fogo minha arma
Da corrente de água a borracha
Dos seus lábios o trampolim para a desgraça.
Agora a chuva passou, o tempo mudou
a fornalha se apagou
a água secou
e nossa fumaça se impregnou.