Nuvens de fogo

Nuvens de tormenta não esperam

num toque do tempo gotas caem

Sobre meu rosto as flechas de gelo

Sob meu peito a fornalha de magma.

Fumaça se forma no silêncio

na inquietude do viver me lanço

no precipício aberto pelo seu canto

sem perceber maculo meu véu branco.

No inexistente querer percebo

vontade nunca esquecida por mim.

Utilizo da espada de fogo minha arma

Da corrente de água a borracha

Dos seus lábios o trampolim para a desgraça.

Agora a chuva passou, o tempo mudou

a fornalha se apagou

a água secou

e nossa fumaça se impregnou.

Barreto Santos
Enviado por Barreto Santos em 05/02/2024
Reeditado em 25/02/2024
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