Tão certo como o sol clareia a terra!
Hoje, não mais existe...
Não neste momento,
doravante, luto apenas,
não enquanto as esquinas ecoarem
aqui dentro o desrespeito, o ódio explícito,
a alma amargurada pelo não arrependimento,
a boca recheada de farto veneno,
saliente,
ciente,
totalmente ciente
do mal que causou e causaria.
Hoje se faz treva!
O perdão demasiado pode ser a tua desculpa
para não prestar a atenção devida
por premeditada e constante desatenção
que explora cada gota de sangue,
e lágrima,
e lágrima.
Não mais!
Onde estavas enquanto a oração se agarrava
às madrugadas?
Onde estavas enquanto o pranto regava a terra
seca em busca do renascimento do que mataste?
Sim, a cada verbo agressivo,
engolido em saliva e receios sem fim,
onde estavas enquanto te perdoei, e perdoei,
anulando minha ira, desfazendo minha honra,
para manter de pé teu circo de arrogância e
maldizer?
Hoje você vai embora,
hoje você me perdeu,
e em paz com meu Senhor,
não dormirei em paz comigo mesmo,
mas há muito que te avisei:
QUANDO DESISTISSE, VOCÊ VERIA O QUE SIGNIFICA A PALAVRA DE UM HOMEM.
Covarde, na sua lama moral abrigada
ao vitimismo de quem arquiteta cada passo,
de quem sabe manusear cada máscara diária,
achavas mesmo que eu cairia novamente
em laços de há muito?
Há tanto!
Hoje você perdeu,
e vou-me embora,
em silêncio como convém a
um homem de palavra,
que gritaria em nada resolve,
que briga em nada transforma,
que teu nível é demasiado baixo para mim.
O perdão continua...
A Palavra do meu Pai está acima de tudo.
O fruto será amado...
A palavra de um homem protege suas gerações.
O amor que você matou?
Bem,
hoje você será sozinha,
amanhã você me perdeu,
e sempre será sempre assim...
Tão certo como o sol clareia a terra!