Eu no Muro das Minhas Lamentações
Reflexões!
Indagações!
Perplexidades que este eu nunca sentiu,
A paciência há muito se exauriu...
Eu no muro das minhas lamentações?
Multiplicidade de insatisfações,
Decepções mil! Atrocidades
Complexas. O bom senso? Deste eu fugiu. Barbaridades
Da minha profundidade se afloraram...
Aos meus clamores? As forças do Universo não se manifestaram
Ignorado, sem identidade na minha suma solidão
Surgiram incertezas no coração.
O que é certo neste oceano incerto?
O que não é correto neste devaneio incorreto?
Para que o sustentáculo da fé
Se não há esperança em ficar de pé?
Como chegar ao porto do amor
Navegando em águas de excruciante dor?
A solidariedade é uma onda que vai e vem...
Se não for assim qual a validade em se praticar o bem?
Dores no corpo da alma? Corpóreas
Torturas. Dores na alma do corpo? Etéreas
Amarguras...
Maledicentes e doloridas são as fissuras
Na mente humana, insana
D'uma realidade anormal nesta orbe mundana.
Nada muda se eu não mudar,
Contudo, o todo deste tudo está muito além da falácia do só teorizar,
Do aterrorizar a ti mesmo e ao teu entorno.
Destarte com a vida assim não me conformo.
Como transmutar uma caótica realidade
Se por tua própria incapacidade
As tuas armas e ferramentas
Te foram confiscadas, sobrando-te apenas as tuas íntimas tormentas?
É ultra desafiador
Desafiar as intempéries de uma quântica dor
Que assolam violentamente teu âmago. Fonte! Não
Suporto mais tanto dissabor no coração
Deste eu singularmente desolado.
Eu no muro das minhas lamentações? Imolado!