Fantasmagórica
Noites adentro
Madrugadas frias, fantasmagórica
Saio a caminhar
Caem sob mim rosas púrpuras, murchas
Sinto-me fraca, frágil
Lágrimas caem por minha face
Procuro-te...
O céu tenta abraçar-me
A lua tenta acolher-me
Não aceito...
Medos, erros, decepções...
Sou um ser invisível
Um ser insano
Mãos não me alcançam
A névoa fica mais forte
me perco nesse mundo apático
onde não há lugar para deslizes
Corro em alguma direção
Vou sumindo
Não irei te encontrar
Jamais...
E ao levantar mais um dia
Continuarei a fazer de conta
que aqui está tudo bem
Virão outras noites, madrugadas sombrias
Sozinha, invisível
Talvez um fantasma!
Escrevi ouvindo: Procol Harum - A Whiter Shade of Pale