A AGONIA DE SER

Nas flores pisadas

o cheiro exalado,

no passo mal dado

a dor é alheia,

o peito que dói

rancor que destrói,

se o ódio acolho

se vai o humano,

grande desengano

tomando o ser,

faz transparecer

o pior que oculto,

não sendo astuto

é só sem querer...

Assim todo dia

essa covardia

é meu desjejum

não há bem algum

que não queira fazer,

para engrandecer

esse mesmo Deus,

que dizem ser luz,

num sinal da Cruz,

que cruzo no peito,

eu, tão imperfeito,

sem nada direito,

só quero viver...

Olhos no alto,

e os pés nesse chão,

sigo na contramão,

desse mundo confuso.

ANDRÉ L C MELO
Enviado por ANDRÉ L C MELO em 04/01/2024
Código do texto: T7969158
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