Somos de barro. Iguais aos mais.

Ó alegria de sabe-lo!

(Correi, felizes lágrimas,

por sobre o seu cabelo!)

 

Depois de mais aquela confissão,

impuros nos achamos;

nos descobrimos

frutos do mesmo chão.

 

Pecado, Amor? Pecado fôra apenas

não fazer do pecado

a força que nos ligue e nos obrigue

a lutar lado a lado.

 

O meu orgulho assim é que nos quer.

Há de ser sempre nosso o pão, ser nossa a água.

Mas vencidas os ganham, vencedores,

nossa vergonha e nossa mágoa.

 

O nosso Amor, que história sem beleza,

se não fôra ascensão e queda e teimosia,

conquista... (E novamente queda e novamente

luta, ascensão... ) Ó meu amor, tão fria,

 

se nascêramos puros, nossa história!

 

Chora sobre o meu ombro. Confessamos.

E mais certos de nós, mais um do outro,

mais impuros, mais puros, nós ficamos.