QUANDO SE ESQUECE
O coração pode viver numa alcova
Ou até mesmo em uma prisão
Tudo depende das escolhas
E também da motivação
Por conta do amor que se guarda
Ou até mesmo que se entrega
De acordo como se alinhava
Do ponto a qual se espera
Segue a soprano no compasso
Adequando a sua marcação
Ao barítono no pari passu
Mediante a intonação
Resiliente em seu estado grácil
É capaz de manter sua reserva
Mas resignado no mormaço
Tudo ressoa como trevas
Mas quando etereamente se cala
Diante de nada mais reverbera
Reveste-se da sua mortalha
E no seu abissal congela