- Não gosta do que escrevo !

No emaranhado de palavras que recebi,

Um recado malicioso, percebi, não estranhei,

Tuas leituras, concentram-se no que não criei,

Desprezas o resto, o que não lhe agradou e não aceita.

Tua mente inquieta, doentia, envolta em desdém,

Insatisfação, inveja, um mistério além,

Pois se afundas em letras que não são minhas,

Teus olhos cegam, não enxergam as minhas linhas.

Palavras tortuosas, como espinhos a ferir,

Esqueces a beleza, preferes me denegrir,

Mas eis que te digo, em resposta singela,

Não serei moldado por tua língua maldizente.

As letras são livres, não se aprisionam em mim,

Flutuam no vento, não há controle, enfim,

Não me importa tua insatisfação ou desgosto,

Pois minha poesia encontrará seu posto.

Enquanto espalhas ódio, eu busco amor,

Minhas palavras fluem com sabor,

A vingança que alimentas não me toca,

Minha arte é minha, de ninguém mais brota.

Que teu coração se abra para a compreensão,

E deixe para trás essa cruel aflição,

Pois no mundo das letras, todos temos espaço,

E cada um trilha seu próprio caminho.

Assim, agradeço teu recado malicioso,

Que me lembra da força do verso vitorioso,

E com esperança sigo meu caminho,

Encontrando nas palavras meu destino.

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LAURO PAIXÃO
Enviado por LAURO PAIXÃO em 22/12/2023
Código do texto: T7959427
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