Mentiras interesseiras
Coração partido,
alma ferida,
tristeza escondida,
sonhos apagados,
confiança traída,
insônia contínua,
sentimentos destroçados,
olhando para o infinito,
vejo em ti o pior,
mentiras interesseiras,
narcisismo estético,
preparando o bote,
caçando nas redes,
buscando outro tolo...
quando a tarde cai,
sento-me à sombra,
de uma árvore no parque,
para deixar tudo para trás,
enquanto as lágrimas descem,
memórias queimam na fogueira,
desejando que o tempo acelere,
querendo arrancar essa dor,
esquecer tua existência...
Agora fecho as portas,
tranco as janelas,
obstruo as frestas,
não quero mais vespas
adentrando meu interior,
protejo-me de pessoas vãs,
que nunca souberam amar,
pois nunca foram amadas,
acostumaram-se aos enganos,
familiarizaram-se com a dor,
retribuem com indiferença,
respondem com falsidade,
se fingem de frágeis,
quebram quem as trate bem...
quando a tarde cai,
sento-me à sombra,
de uma árvore no parque,
para deixar tudo para trás,
enquanto as lágrimas descem,
memórias queimam na fogueira,
desejando que o tempo acelere,
querendo arrancar essa dor,
esquecer tua existência...
Aceitei o teu mínimo,
me deixei ser tua última opção,
me humilhei por tua afeição,
dediquei-te meu afeto,
esmerei-me nos cuidados,
fui teu abrigo nas tempestades,
fui tua raiz nas ventanias,
protegi a ti e as meninas,
mantive minhas promessas,
tratei-te com lealdade e honra,
mas não merecestes um segundo meu,
não merecestes nenhum ato de amor meu,
fostes uma serpente venenosa,
deixaste-me paralisado em mim mesmo...
quando a tarde cai,
sento-me à sombra,
de uma árvore no parque,
para deixar tudo para trás,
enquanto as lágrimas descem,
memórias queimam na fogueira,
desejando que o tempo acelere,
querendo arrancar essa dor,
esquecer tua existência...