O FURTO DO PRETÉRITO
Não há orgulho em alardear a virtude.
Nem elegância na humildade contida.
Das ondas que sorriam na enseada,
convite ignorado... oportunidade não vivida.
O orgulho vazio não trouxe grandeza,
lembrança tamanha, nada discreta.
No marulho das águas, a beleza não tida.
O convite perdido, uma chance incompleta.
Mas quem sabe um dia, na maré da vida,
eu possa mergulhar em outra enseada.
Aceitar o convite, sem despedida.
Encontrar a plenitude tão desejada.
Pois no orgulho vão e na falsa modéstia,
Não há conquistas que valham a pena.
É na coragem que se encontra a magia.
Nas oportunidades que o futuro nos empresta.