FIM DA FANTASIA

(poesia extensa)

Desculpa pela falta de estética,

era para ser uma poesia,

tornou-se uma confissão,

um diário em estrofes? Talvez.

(Começo)

Olhando uma tela, sofro o nosso fim, mas meu corpo é teimoso

não gosta de sofrer, insiste em me levar ao começo...

Aaah, o começo, quando suas mensagens eram constantes,

o seu querer era evidente, era gritante!

(Pedidos)

Ah, o amor, meu querer nunca mudou, todos os pedidos, tentativas de ficar,

do primeiro ao último segundo, eu a escolhi, ainda hoje a quero,

ainda hoje, a força que tenho que fazer para não a escolher é brutal!

No meu dia mais turbulento, era ela querer, eu arranjava tempo.

Minha prioridade máxima, até que ela gostava...

Hoje, se a encontrasse, perguntaria, como é ser escolhida? Eu não sei.

Eu nunca fui e, olha, como desejei, eu te pedi, lembra?

Implorei que me escolhesse, humilhante não? O amor me tira a razão.

Significativo, hoje vi uma postagem dela, lembrei, outra coisa que pedia,

hoje me vejo apagada, mas ela sabe, na minha timeline foi eternizada.

Ela não me pedia nada, não precisava!

(Quando nos desencontramos?)

Foram tantos encontros, pergunto, quando nos desencontramos?

Tento esquecer das suas recusas, lembrando de como sempre me queria!

Como parecia ter certeza de mim, como me fazia amada.

Então, meu bem, quando nos perdemos?

(Declarações)

Apenas uma semana, diziam, mas eu sabia, eu a amava.

Enviei flores, fiquei com medo, ela reagiu bem, nada assustada,

segunda semana, em um ato falho, disse sem querer que a amava!

Não temia minhas declarações, gostava.

Eu a coloquei em poemas, ela me colocou em diários.

Paixão compartilhada, a escrita, de tantas formas nos comunicávamos.

Pensei que sempre estaria em suas linhas,

pensei ser parte do seu elenco principal,

o roteirista me matou antes do fim.

(Mudança)

Lembro quando sua casa não era do lado,

mas sua presença era minha vizinha.

Disse-me que mudou para ficar mais perto, eu discordo,

foi apenas para o lado do meu prédio, mas se distanciou.

Não trocou só de casa, mudou comigo,

precisei suplicar pelo seu amor que outrora ganhava.

As músicas enviadas? Já não eram mais recebidas.

Da sua escrita, fez-me excluída, do seu toque fui afastada.

Fez-me sentir em casa, só para me desabrigar.

Mostrou-me a segurança, só para me amedrontar.

Desesperada, a intimei a falar: rezei para você se declarar.

Lembro que me disse: seu aniversário será inesquecível,

Você acertou, ele foi, 07/12, negou-me as palavras

de presente, sua negação, de presente, sua ausência.

Espero até hoje que me apresente o amor.

(Começo do fim)

Nosso fim não começou aí,

lembra do nosso primeiro desencontro?

Dia 25/11, sua grande traição,

Dia 25/11, dia que preferiu outro toque,

Dia 25/11, dia que me desabrigou,

Dia 26/11, falou que não era isso,

Por te amar tanto, acreditei, os sinais? Ignorei.

Aí meu deus, como eu errei... Eu fico pensando, ela me amou?

Se sim, quando parou? Ela dizia tratar seus namorados mal,

mas a gente não namorou e assim ela me tratou.

(Partida)

Eu que era sol, vejo-me sem luz!

De iluminado, fez-me escuridão.

Deixo-me sozinho, no vácuo da falta das suas palavras.

Quando me falava, não era com amor.

Suas palavras me machucavam.

Sádica, torturava-me, eu,

masoquista ou apaixonada, aguentava.

Por dias falei com seu silêncio.

Por dias me encontrei com sua ausência.

Por dias implorei pelo seu toque.

Por dias fiz de tudo para ficar.

Ela não me queria, não como eu a quero.

Decidi-me pela partida, não me deixou ir.

Penso, ela me quer então? Não.

Parada cardíaca, você me deixou,

quase morrendo a procurei, não encontrei,

sem seu socorro, quase que eu morro.

(Eu ainda te amo)

Sim, eu ainda quero ligar, desejo sempre a encontrar.

Hoje, vejo-me só com algumas fotos, colagens e belas mensagens.

Sei que a ajudei a se encontrar, no caminho me perdi.

Hoje, encontro-me no vazio da falta do amor que não tive.

Ainda a amo, sozinha chamo por seu nome,

fico perguntando, quando nos desencontramos?