HINO À DESILUSÃO
(Ode To Desilusion)
Conheci o alvor do branco.
Nos sobe e desce da vida.
Com cor não parece tanto.
Soma das cores, escondida.
Em ti, um imaculado manto.
Bom foi te conhecer.
O destino não existe.
Basta no espelho crer.
Nem a esperança persiste.
Mas, Glória a Deus em viver!
Naquele trato formal.
Porém de extrema ternura.
Desperta um respeito igual.
A tão jovem escultura.
Mestre Artesão Celestial.
Na Botica és o tônico.
Pras cousas do coração.
Quiçá de um velho anacrônico.
E a muitos iguais, então.
És tu o amor platônico.
Notas do Autor:
1) Poesia extraída do Conto, A Misteriosa Moça de Banco, publicado no Recanto das Letras.
2) O título da poesia é uma alusão à “Ode to Joy” (Hino à Alegria), ou seja, a parte cantada da 9ª. sinfonia de Beethoven.