Destino insólito
Se sou peça de seu quebra cabe;a
Tenha piedade de minha alma
Se sou parte de teus enganos
Grito em falsas distancia
As migalhas do adulto que não ousa aparecer
Brinca de esconder a maturidade da criança
Sou responsável pelo que sou e penso
Mas não posso responder pelo que fui e serei.
A míude penso encontrar a verdade sem trégua
Pois que a demarcação dos meus desejos
Compromete aos limites por mim impostos:
Sou impostor de mim mesmo.
E se não me engano de ser eu mesmo
No mínimo traio a minha existência
Sou das nuvens e não do mar
Mesmo que seja um tanto terra.
Perceber todos limites na infinidade de escolhas
Só pode ser a face oculta da tríplice escolha
Sempre existe a escolha que nem deveria ter sido.
O movimento do pensar na sua existência
É decidir pela permanência fechada
Afinal ocupa-se um espaço.
Ser tridimensional nem sempre ajuda
Prefiro a variável tempo
Mesmo que ainda nem tenha nascido....