PRECÁRIO
E quanto aos dias,
Eles são todos iguais,
Frios, sem brilho e escuros,
Dias parados no tempo.
Os ponteiros do relógio,
Cismam em não andar,
Parados a me torturar,
Horas inglórias. Tédio...
Saio para ver gente. Vejo.
Ninguém me vê. Solidão.
Aos poucos me recolho,
Afundado em escuridão.
E os dias? Um só dia.
Não importa o calendário,
Muita agonia,
Prisioneiro em estado precário.