Um Vencido
Eis que ninguém ao certo me conhece!
Nem os campos, os vales e os arvoredos,
ninguém conhece os meus segredos,
ninguém ouviu a minha prece!
Se alguém sabe quem eu sou, diga, por favor,
que há tantos anos que me sinto só,
no horizonte da distância, sem amor,
que me apetece morrer, regressar ao pó ...
Misteriosamente sou louco e sem trilho,
sou talvez de satanás um filho,
de Deus um enteado ou de ninguém!
Sou um filho do silêncio, monstruoso,
na terra , um eremita tenebroso,
um órfão abandonado, sem pai nem mãe.