Sina
Minha cidade é pequena,
enferrujada fechadura,
uma serra, uma cena na serra,
um rio, mato, formato em ferradura,
ravinas salpicadas, sementes, amargura.
Aqui somos entes lilliputianos no automatismo do tempo
e nos gestos, nos esgares, mordeduras.
Descomposturas.
Uma engenhoca que transporta
Gulliver,
engoliu-nos numa transversal de escolha.
Aqui nascemos, aqui morremos, aqui enxergamos o mundo.
Basta aceitar o destino, o reverso, afortuna.