Ilusões e Paixões
Doce Ilusão
Como pode ser
Doce como mel
E amarga como fel?
Não tens dó
Desse mero poeta
Chamado Samuel.
Estou apaixonado
E fico preocupado:
Será mais uma dor
Ou, dessa vez, é amor?
A paixão
Chegou ao meu coração
E me fez perder a razão,
Viver com mais uma ilusão.
Por que fui acreditar
Que dessa vez fosse durar?
Você foi só mais uma distração
Que destroçou meu coração.
Sinceramente...
Essa disputa tem que acabar
Entre razão e emoção,
De uma forma que não vá me machucar
E me deixar caído no chão,
Ouvindo as batidas melancólicas
Do meu coração.
Ilusões e paixões,
A dúvida me leva a pensar:
Qual devo viver
Sem me machucar?
Levar isso de forma pura,
Sem amargura,
Pois tudo há de ter cura.
E, sem razões,
Ser levado pelos efeitos,
Perder o ar,
Viver conceitos
Que eu mesmo criei.
Ilusões e paixões,
Até quando disso viverei?
Pensamentos
Param meus sentimentos.
Quero me arriscar,
Mas não consigo.
Penso comigo:
Quero viver
A emoção,
Por mais boba que seja,
Que eu veja.
Mas a razão
Me impede de me emocionar.
Cada paixão
Levo na palma
Da minha mão.
Cada ilusão
Levo amargurada
No meu coração.
Não faça isso comigo
Você me procura
Quando quer abrigo,
Mas só quando está
Realmente carente.
Você sabe,
Eu nunca fiz isso.
Mesmo em dias
Com a mente doente,
Sempre me importei,
Cuidei,
Machuquei,
Me arrebentei.
Até hoje me culpo
Pelas minhas paixões.
Poderia ter sido diferente:
Agora,
Ou em algum lugar
Lá fora,
Poderia ser a gente.
Ao invés deste poema,
Imagina nós dois em Ipanema.
Paixão,
Amor...
No dia que eu aprender,
Escrevo sobre.
Porque, até agora,
Só sei de ilusão,
Decepção
E dor.