Sob uma luz trêmula e baça,

Se agita, brinca e dança ao léu

A Vida, ululante e devassa.

Assim também, quando no céu

 

A noite voluptuosa sonha,

Tudo acalmando, mesmo a fome,

Tudo apagando, até a vergonha,

Diz o Poeta que a dor consome:

 

"Afinal, minha alma e meus ossos

Finalmente imploram por sossego;

O coração feito em destroços,

 

Procuro em meu leito aconchego

E às vossas cortinas me apego,

Ó treva oferta aos corpos nossos.