Castelo de areia…
O tempo, gaiato, descoloriu o meu cabelo…
E o vento, implicante, desfez o meu coque…
Minha vida, palhaça, roubou-me o gambelo.
E o meu castelo, “de areia”, ruiu-se num toque.
Uma sorte, madrasta, esfacelou o meu selo
E um anjo, travesso, quebrou meu bodoque.
Meu gato, “de botas”, enroscou meu novelo
E o destino, cruel, desferiu-me o seu croque.
Meu Titã, “lá do Tártaro”, ignorou meu apelo
Anda cheio de “Hera”, e teme que o sufoque…
O fantasma, do amor, dispensou meu desvelo.
Disse: A “ópera” acabou. Não mais me evoque!
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Adriribeiro/@adri.poesias