Castelo de areia…

O tempo, gaiato, descoloriu o meu cabelo…

E o vento, implicante, desfez o meu coque…

Minha vida, palhaça, roubou-me o gambelo.

E o meu castelo, “de areia”, ruiu-se num toque.

Uma sorte, madrasta, esfacelou o meu selo

E um anjo, travesso, quebrou meu bodoque.

Meu gato, “de botas”, enroscou meu novelo

E o destino, cruel, desferiu-me o seu croque.

Meu Titã, “lá do Tártaro”, ignorou meu apelo

Anda cheio de “Hera”, e teme que o sufoque…

O fantasma, do amor, dispensou meu desvelo.

Disse: A “ópera” acabou. Não mais me evoque!

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Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 25/11/2023
Reeditado em 29/11/2023
Código do texto: T7940015
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