Sonhos reimaginados
Na dança da vida, recuos desenhados,
Planos tecidos, sonhos reimaginados.
Sou um eco que perturba, fardo percebido,
Em teus olhos, o reflexo do desconhecido.
Teço devaneios, uma melodia estranha,
Loucura que provoca, te afasta e emaranha.
Sou excesso, um peso nos ombros cansados,
Um quebra-cabeça de peças desajustadas.
Te faço ir embora, como a brisa ao vento,
Um enigma que desafia o entendimento.
Demasiado para o mundo, sou o excedente,
No palco da vida, o papel inconsequente.
Mas no caos, há beleza, no excesso, poesia,
Versos que descrevem a minha rebeldia.
Aceito meu destino, fardo que carrego,
No palimpsesto da alma, o eterno apego.
Então, recuam, fazem outros planos,
Na sinfonia da existência, somos desenganos.
Sou um pouco demais para a normalidade,
Neste poema, despeço-me da trivialidade.
Diego Schmidt Concado