Sonhos reimaginados

Na dança da vida, recuos desenhados,

Planos tecidos, sonhos reimaginados.

Sou um eco que perturba, fardo percebido,

Em teus olhos, o reflexo do desconhecido.

Teço devaneios, uma melodia estranha,

Loucura que provoca, te afasta e emaranha.

Sou excesso, um peso nos ombros cansados,

Um quebra-cabeça de peças desajustadas.

Te faço ir embora, como a brisa ao vento,

Um enigma que desafia o entendimento.

Demasiado para o mundo, sou o excedente,

No palco da vida, o papel inconsequente.

Mas no caos, há beleza, no excesso, poesia,

Versos que descrevem a minha rebeldia.

Aceito meu destino, fardo que carrego,

No palimpsesto da alma, o eterno apego.

Então, recuam, fazem outros planos,

Na sinfonia da existência, somos desenganos.

Sou um pouco demais para a normalidade,

Neste poema, despeço-me da trivialidade.

Diego Schmidt Concado

Diego S Concado
Enviado por Diego S Concado em 20/11/2023
Código do texto: T7936228
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