Sombras
Nas sombras da melancolia, dança a tristeza,
Tece lamentos que o coração atravessa.
Mas no palco efêmero da vida a se desenrolar,
A tristeza cede, e a alegria vem brilhar.
O sol se esconde, em lágrimas se desfaz,
Mas a chuva nutre a esperança que jaz.
As histórias tristes, como o vento, se desviam,
Deixando espaço para sorrisos que se anunciam.
Na trama da existência, páginas viram-se,
O sofrimento, embora intenso, não perdura, dissolve-se.
Pois o tempo, mestre sábio da jornada,
Transforma a dor em memória superada.
Os capítulos escuros, com suas sombras densas,
Cedem lugar a luz que revela novas sentenças.
Assim, as histórias tristes, ao findar,
Deixam um eco de lições a ressoar.
Nada é eterno, nem mesmo a dor mais profunda,
Pois a vida, constante dança, se renova e refunda.
E nos versos finais, a tristeza se despede,
Deixando espaço para a alegria que concede.
Diego Schmidt Concado