MISTÉRIO
A manhã é serena,
A vida é amena
E vai na devida trilha.
A quietude é quase dormente,
Apenas o zunido estridente
De cigarras furando o ar...
A natureza se excede em cores,
Glamourosas, exibem-se as flores...
Uma brisa modula a harmonia
E define a coreografia
De borboletas que estão a valsar...
Mas, dentro... nada a vibrar!
Por que o espírito não canta,
Por que o olhar não brilha,
Se tudo convida à alegria,
E nada fere a sintonia
Do momento de densa magia
Que o instante se põe a ofertar?
Leve tristeza... só leve
Breve saudade... só breve...
Mas... segue a alma a destoar...